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Distorções de feminino e masculino


Todo corpo carrega uma porção masculina e uma porção feminina; uma porção saudável e uma porção adoecida. Não são só as mulheres que carregam a distorção do feminino; os homens também têm um feminino distorcido. Assim como não são só os homens que têm um masculino distorcido; as mulheres também têm. Assim como temos também um positivo masculino e um positivo feminino. Mas é verdadeiro também que a mulher, de uma forma geral, canaliza mais o aspecto feminino do que o homem. E é disso que trata essa pergunta: da distorção do feminino que opera na mulher.

A distorção do feminino se manifesta como dependência, como carência, como submissão. E, às vezes, a diferença entre o positivo e o negativo é tão sutil… Eles são separados pelo fio de uma navalha, porque o feminino positivo é receptividade, é aceitação; tem a qualidade de estar junto. É como uma trepadeira que se envolve numa parede, que dá força, que embeleza, que dá sustentação. Mas quando esse feminino está contaminado pelo ódio e pelo medo, ele se transforma em submissão. E é um instrumento da luxúria, cujo principal dreno de energia é o ciúme. Eu digo dreno de energia – e poderia dizer também distração do processo de autodesenvolvimento – porque o ciúme te faz olhar para fora; alimenta a crença de que a causa do seu desconforto está no outro. Alimenta a crença de que você é uma vítima e que, portanto, você tem inimigos. E isso te prende ao jogo de acusações.

E eu digo que é uma crença porque este é um estado ilusório. O outro não tem o poder de te perturbar. Só você tem o poder de perturbar a si mesmo, dependendo da forma como reage àquilo que está vendo lá fora. O ciúme tem a ver única e exclusivamente com você mesmo. O ciúme em você usa o outro porque ele precisa de um outro para sustentar a crença. O outro é um símbolo, e o símbolo varia de acordo com o tempo, circunstância e lugar. Hoje é “Fulano” e amanhã é “Sicrano”. A questão é conseguir lidar com essa distorção do feminino que se manifesta como insegurança, que se manifesta como impotência.

Onde foi que você deixou de confiar em si mesma? Onde foi que você perdeu a conexão com o seu poder? Para quem você entregou o seu poder? Nesse sentido, o processo de cura é muito semelhante ao processo de cura da distorção do masculino, que é encontrar esses espinhos cravados na carne e removê-los. É conseguir chegar nesses pontos nevrálgicos que foram situações que fizeram com que você rompesse com sua essência. Podemos chamar de traumas, podemos chamar de choques de desamor, experiências em que você perdeu a confiança na vida, onde você foi contaminado pelo ódio, contaminado pelo medo. E ali virou; ali o masculino distorceu, ali o feminino distorceu.

Se você for observar mais profundamente, com mais acuidade, com mais detalhe, você vai ver que a distorção significa que você passou a usar uma máscara, porque a submissão, o vitimismo, são máscaras. A distorção do masculino – que é a falsa autossuficiência, agressividade, violência – também é uma máscara. São formas que você encontrou para tentar conseguir do outro o amor que você não encontrou quando precisou. Agora, é verdade que essas distorções do masculino e do feminino acabaram se encontrando e isso tem gerado as misérias que temos visto neste mundo. Estamos falando do círculo vicioso do sadomasoquismo. Para ter um intimidador, tem que ter um intimidado. Se tem um intimidado, tem um intimidador.

Mas, falando em termos coletivos, isso se tornou tão poderoso, tão forte, que às vezes parece impossível romper com esse círculo vicioso. Especialmente a mulher que está nesse trânsito do eu para o nós, que está se tornando mais sensível, que está abrindo os canais da mediunidade, da intuição, onde a esfera pessoal se mistura com a esfera coletiva. Especialmente quando chega no período pré-menstrual, é realmente um “Deus nos acuda”, porque entra justamente nessa esfera coletiva do sofrimento feminino, que tem sido torturado por milênios e que retroalimenta essa ideia da vítima.

A única maneira de você romper com isso é na esfera pessoal. Quando você pega esse ciúme como seu, você pega essa distorção do feminino como sua, e trata de iluminá-la; e trata de transformá-la. Para isso você tem que mergulhar fundo em si mesma. Entrar em contato com as partes de você mesma que andam esquecidas. É aí que estão as respostas.

Sri Prem Baba

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